domingo, 25 de julho de 2010

Valsando




Como se fosse um par
que nessa valsa triste
Se desenvolvesse
ao som dos bandolins
E como não e por que não dizer
Que o mundo respirava mais
se ela apertava assim
Seu colo
e como se não fosse um tempo
em que já fosse impróprio
se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando
ao som dos bandolins

Como se fosse um lar,
seu corpo a valsa triste iluminava
e a noite caminhava assim
E como um par
o vento e a madrugada
iluminavam
A fada do meu botequim
Valsando como valsa
uma criança
Que entra na roda,
a noite tá no fim
Ela valsando só na madrugada
Se julgando amada
ao som dos bandolins


(Oswaldo Montenegro)





Moradora de rua em frente ao Instituto de Saúde, na Rua Santo Antônio, Bela Vista.

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